John Huston faleceu em 1987 e deixou como legado uma grandiosa obra, recheada de pontos altos. Contudo, ao contrário de vários grandes realizadores, que se deixam arrastar em obras menores à medida que se aproxima o final da vida, o final da carreira de Huston ficou marcado por um dos seus pontos maiores. Já bastante debilitado e no hospital, o cineasta realizou uma pequena obra-prima a partir de um conto de James Joyce. «Gente de Dublin» («The Dead», no título original) é uma pequena maravilha e de uma simplicidade assombrosa. Este é um retrato de um jantar de início de ano onde uma comunidade de Dublin recorda os que morreram no passado e celebra os que continuam a viver num espírito de fraternidade que parece já não existir nos dias de hoje. E que termina num fabuloso monólogo, dito sobre imagens da neve que não pára de cair ao longo de todo o filme. Um belíssimo final de filme, para um belíssimo final de carreira.
sábado, 11 de janeiro de 2014
Um belo final de filme, um belo final de carreira
John Huston faleceu em 1987 e deixou como legado uma grandiosa obra, recheada de pontos altos. Contudo, ao contrário de vários grandes realizadores, que se deixam arrastar em obras menores à medida que se aproxima o final da vida, o final da carreira de Huston ficou marcado por um dos seus pontos maiores. Já bastante debilitado e no hospital, o cineasta realizou uma pequena obra-prima a partir de um conto de James Joyce. «Gente de Dublin» («The Dead», no título original) é uma pequena maravilha e de uma simplicidade assombrosa. Este é um retrato de um jantar de início de ano onde uma comunidade de Dublin recorda os que morreram no passado e celebra os que continuam a viver num espírito de fraternidade que parece já não existir nos dias de hoje. E que termina num fabuloso monólogo, dito sobre imagens da neve que não pára de cair ao longo de todo o filme. Um belíssimo final de filme, para um belíssimo final de carreira.
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