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sexta-feira, 5 de abril de 2013

10 Filmes: Nova Iorque

A propósito do regresso de «Taxi Driver» às salas de cinema é tempo de apresentar mais uma proposta de 10 filmes temáticos. Desta vez o tema é Nova Iorque e a lista que se segue apresenta 10 filmes que têm a cidade que nunca dorme como pano de fundo. Por razões óbvias o clássico de Martin Scorsese fica de fora, mas os restantes filmes desta pequena lista (e quantos ficaram de fora...) são todos um bom pretexto para ver ou rever bom Cinema. Como sempre, propostas alternativas são bem-vindas na caixa de comentários. E um conselho: consultar a lista ao som desta música.

Há Lodo no Cais, de Elia Kazan (1954)

Mentira Maldita, de Alexander Mackendrick (1957)

O Apartamento, de Billy Wilder (1960)

Empire, de Andy Wahrol (1964)

Manhattan, de Woody Allen (1979)

Os Selvagens da Noite, de Walter Hill (1979)

Era Uma Vez na América, de Sergio Leone (1984)

Polícia Sem Lei, de Abel Ferrara (1992)

A Última Hora, de Spike Lee (2002)

 Vergonha, de Steve McQueen (2011)

sábado, 1 de dezembro de 2012

Parabéns Senhor Allen

Woody Allen faz hoje 77 anos. Nascido Allan Stewart Konigsberg, o cineasta nova-iorquino, que filmou Nova Iorque como poucos, começou a realizar já depois dos 30 anos, após uma breve carreira de actor e no circuito da stand up comedy. Desde 1966, quando o seu nome apareceu pela primeira vez nos créditos como realizador, Allen tem sido presença regular no grande ecrã e a partir de 1982 tem conseguido a proeza de estrear um filme por ano. Este post, que mostra os vários papéis de Allen nos seus filmes, alguns mais populares do que outros, vem homenagear o trabalho de um dos mais reconhecidos realizadores norte-americanos, capaz de nos fazer rir e chorar com as suas histórias e devaneios. 
Woody Allen em «Que Há de Novo Gatinha» (1966)

Virgil Starkwell em «O Inimigo Público» (1969)

Fielding Mellish em «Bananas» (1971)

Victor / Fabrizio / The Fool / Sperm em «O ABC do Amor» (1972)

Miles Monroe em «O Herói do Ano 2000» (1973)

Boris em «Nem Guerra, Nem Paz» (1975)

Alvy Singer em «Annie Hall» (1977)

Isaac em «Manhattan» (1979)

Sandy Bates em «Recordações» (1980)

Andrew em «Uma Comédia Sexual numa Noite de Verão» (1982)

Leonard Zelig em «Zelig» (1983)

Danny Rose em «O Agente da Broadway» (1984)

Mickey em «Ana e as Suas Irmãs» (1986)

 Sheldon em «Histórias de Nova Iorque» (Segmento «Destroços de Édipo») (1989)

Cliff Stern em «Crimes e Escapadelas» (1989)


Kleinman em «Sombras e Nevoeiro» (1991)



Gabe Roth em «Maridos e Mulheres» (1992) 



Larry Lipton em «O Misterioso Assassínio em Manhattan» (1993)

 Lenny em «Poderosa Afrodite» (1995)

Joe em «Toda a Gente Diz Que Te Amo» (1996)

Harry Block em «As Faces de Harry» (1997)

Ray em «Vigaristas de Bairro» (2000)

 CW Briggs «A Maldição do Escorpião Jade» (2001)

 Val em «Hollywood Ending» (2002)

David Dobel em «Anything Else - A Vida e Tudo o Mais» (2003)

Sid Waterman em «Scoop» (2006)

  Jerry em «Para Roma com Amor» (2012)

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Para Roma com Amor, de Woody Allen (2012)

Woody Allen é como o Natal: goste-se ou não, sabemos que uma vez por ano temos sempre direito a uma aparição do cineasta nova-iorquino. Desta vez, continuando a explorar a sua 'fase europeia', Allen leva-nos a Roma, cidade onde têm lugar quatro histórias diferentes protagonizadas por personagens que vivem na capital italiana ou vêm de fora, umas para recordar o passado, outras para conhecerem novos familiares ou a cidade. Cada uma destas histórias explora diferentes aspectos e faz lembrar um pouco certos filmes de sketches que já foram populares no Cinema italiano, com a diferença de que neste caso as histórias são contadas em simultâneo, apesar de o tempo da acção não coincidir (há histórias que decorrem durante um dia e outras que têm uma maior duração), e não em separado, como se fossem episódios.

E temos um pouco de tudo em «Para Roma com Amor»: uma história inspirada em «Sheik Branco», o primeiro filme realizado por Fellini a solo, que pode ser vista quase como uma homenagem ao realizador italiano, um episódio sobre relações (o episódio protagonizado por Jesse Eisenberg e Ellen Page) e que talvez seja o mais Alleniano dos segmentos, uma sátira à forma como os italianos lidam com a fama, onde um pobre cidadão comum passa a famoso de um dia para o outro (um regresso em grande forma do desaparecido Roberto Benigni) e um quarto episódio que conta com a presença de Woody Allen em mais um dos seus típicos papéis de neurótico, algo que já não acontecia desde 2006, mas é sempre um prazer ver, pois sentimos que estamos na presença de um velho amigo que já não encontramos há anos.

Mas se as histórias até têm partes curiosas, que nos fazem rir com coisas sérias, e as interpretações estão todas no sítio certo, características habituais nos filmes de Woody Allen (salvo raras excepções), esta dispersão acaba por prejudicar o resultado final de «Para Roma com Amor», sobretudo por um aspecto que, a meu ver, joga contra o filme: a opção de contar os quatro episódios em simultâneo, como se de um filme mosaico se tratasse, onde no final todas as personagens se encontram por um acaso do destino, algo que não é. A mais recente obra do cineasta nova-iorquino talvez tivesse tido melhor resultado se seguisse pelo estilo tradicional dos episódios contados cada um à sua vez. Assim acaba por ser um objecto algo confuso e pouco coeso. E todos os episódios podiam ter sido explorados como apenas um filme e ao serem encurtados acabam por perder alguma força. Em suma, «Para Roma com Amor» é um filme que irá agradar aos fãs de Woody Allen, mas não deixa de ser isso: apenas mais um filme de Woody Allen.


Classificação: 3/5

domingo, 9 de setembro de 2012

10 filmes: Preto e Branco fora de tempo

O objectivo desta 'rubrica', se assim se pode chamar, é apresentar 10 filmes temáticos. Não são necessariamente obras-primas, nem estes posts pretendem ser tops definitivos. Até porque estas coisas podem sempre variar consoante cada um. A ordem é a cronológica, precisamente para não dar mais ou menos destaque a um determinado filme. São simplesmente os dez primeiros filmes que me vieram à cabeça sobre um determinado tema e quase todos bastante recomendáveis. Para estrear, a propósito do recente visionamento de «O Homem Elefante», de David Lynch, ficam dez filmes a preto e branco lançados quando o cinema a cores já estava mais do que 'na moda'. Convido-vos também, se quiserem, a partilharem na caixa de comentários outras propostas. Estas são as minhas:

Psico, de Alfred Hitchcock (1960)

A Última Sessão, de Peter Bogdanovich (1971)

Manhattan, de Woody Allen (1979)

Toiro Enraivecido, de Martin Scorsese (1980)

O Homem Elefante, de David Lynch (1980)

La Vie de Bohème, de Aki Kaurismaki (1992)

Ed Wood, de Tim Burton (1994)

O Barbeiro, de Joel e Ethan Coen (2001) 

Boa Noite, e Boa Sorte, George Clooney (2005)

O Cavalo de Turim, de Béla Tarr (2011)

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Meetin' WA, de Jean-Luc Godard (1986)

Quando dois grandes amigos se juntam para meter a conversa em dia, a ideia tem tudo para dar bom resultado. Se esses dois amigos forem Woody Allen e Jean-Luc Godard (JLG) e houver uma câmara de filmar por perto, ficamos todos a ganhar. É essa a proposta de «Meetin' WA», uma curta-metragem do mestre da Nouvelle Vague realizada em 1986, quando JLG resolveu conhecer o realizador nova-iorquino para lhe propor a participação numa adaptação da peça «Rei Lear», de William Shakespeare. Este projecto viu a luz do dia um ano mais tarde, mas não chega a ser focado nestes 25 minutos de conversa entre os dois grandes cineastas.

Em «Meetin' WA» assistimos a um diálogo entre JLG e Woody Allen, onde o primeiro quer saber um bocado mais sobre a forma como o companheiro nova-iorquino trabalha os seus filmes. E é engraçado vermos Godard a jogar com as palavras de Allen, utilizando-as e recorrendo mesmo a alguns dos métodos de Allen na própria curta, como por exemplo o recurso a entre-títulos, que Allen incluiu em «Ana e as Suas Irmãs» e é uma técnica sobre a qual JLG quer saber porque o seu amigo a utiliza. Não estamos perante um dos melhores filmes-entrevista de sempre, longe disso e bastava recordar as entrevistas de François Truffaut a Alfred Hitchcock para colocar esta pequena pérola de parte.


Mas o diálogo entre dois cineastas com universos que parecem tão distantes entre si vale sempre bem a pena ser visto. Uma das melhores sequências é quando vem à baila a questão da 'intromissão' da cassete de vídeo nos hábitos dos cinéfilos. Estamos na década de 1980 e Allen já se mostra preocupado com o facto de haver pessoas que preferem ver filmes como «Citizen Kane» ou «2001: Odisseia no Espaço» num ecrã pequeno, como se estivessem hipnotizadas, em vez de irem à sala de Cinema, onde todo um ritual à volta da sessão é recordado por Woody Allen. Seria interessante este diálogo ser refeito nos dias de hoje, para que os dois protagonistas abordassem a questão da Internet e a sua influência na forma como os cinéfilos têm acesso aos filmes nos dias de hoje.


Para os interessados em assistir a este breve diálogo, o filme pode ser visto aqui.


Classificação: 4/5