1 - The Hunt - A Caça, de Thomas Vinterberg
2 - Para Lá Das Colinas, de Cristian Mungiu
3 - No Nevoeiro, de Sergei Loznitsa
4 - Não, de Pablo Larrain
5 - A Rapariga de Parte Nenhuma, de Jean-Claude Brisseau
6 - Noutro País, de Sang-Soo Hong
7 - Like Someone In Love, de Abbas Kiarostami
8 - Fausto, de Aleksandr Sokurov
9 - Noiva Prometida, de Rama Burshtein
10 - Tal Pai, Tal Filho, de Hirokazu Koreeda
Para terminar este post, um pequeno balanço do que foi o ano cinéfilo por aqui. E se há algo que tenho obrigatoriamente de destacar é o ciclo da Cinemateca dedicado a Fritz Lang. A nível pessoal foi uma epopeia acompanhar a integral do realizador de «Metropolis», ao longo de dois meses certinhos, e se há conclusão a tirar é que Fritz Lang é, sem sombra de dúvidas, um dos maiores realizadores de todos os tempos. Ao longo de 42 filmes, desde o período mudo ao regresso à Alemanha natal, passando pelo fabuloso período norte-americano (na minha opinião o seu melhor, sem com isso estar a falar mal dos outros períodos), praticamente não há obras fracas na filmografia do cineasta alemão. A única excepção, que desiludiu um bocado foi esse estranho objecto chamado «Guerrilheiros nas Filipinas». Mas a alguém que filmou obra-prima atrás de obra-prima acabamos por perdoar tudo e o saldo final foi claramente positivo. Várias foram as sessões em que tive vontade de levantar-me da cadeira da sala no final e ir a correr bater à porta da sala de projecção pedir ao projeccionista para voltar a passar o filme. Lá me contive e contentei-me com uma pequena recordação desta fantástica saga cinéfila (os bilhetes de todas as sessões):
Em ano de grandes dificuldades para a Cinemateca Portuguesa a realização desta retrospectiva integral dedicada à obra de Fritz Lang é mais do que uma prova de que a instituição sedeada na Barata Salgueiro faz falta e merece ser acarinhada por todos os que gostam de Cinema. Pena que, tal como acontece um pouco por todo o lado, grande parte das sessões esteja vazia e custa assistir a grandes filmes com salas às moscas. Acontece frequentemente e infelizmente aconteceu também em algumas sessões deste ciclo. Para 2014 faço votos que a comunidade cinéfila de Lisboa se vire um bocado mais para a Cinemateca e opte por ver (ou rever) filmes na Barata Salgueiro em vez de se juntar em massa apenas na altura das manifestações em defesa da instituição. Que também fazem falta, é certo, mas quando depois dessas manifestações as pessoas se esquecem de frequentar a Cinemateca, quando ela tanto precisa de ser acarinhada, esse apoio de pouco vale.
Um último ponto para finalizar, desta vez um aspecto negativo do ano que agora termina: o encerramento do cinema King. Durante anos, a par da Cinemateca, o King foi a 'minha escola' de Cinema, onde vi filmes que não passavam em mais lado nenhum e que de outra forma não teria visto em sala ou talvez nunca tivesse visto de todo. Ao longo dos últimos anos tenho visto muito Cinema em sala, mas as principais recordações foram precisamente do King, onde vi pela primeira vez filmes de Kiarostami, Elia Suleiman, obras mais arriscadas de nomes como Gus Van Sant, entre muitos outros. Podia dar inúmeros exemplos, mas estes são os primeiros que me vêm à cabeça neste momento. Morreu o King, mas não morreu o Cinema. E esperemos que em 2014 a aposta da Midas no Cinema Ideal venha ocupar de certa forma a brecha deixada em aberto pelo encerramento desta mítica sala de culto lisboeta, praticamente a última das grandes salas dedicadas a este tipo de Cinema.
E pronto, é isto. Resta-me desejar a todos os leitores e seguidores do Shut up and watch the movies um excelente 2014, com a promessa de que vou tentar tornar o blogue mais activo do que esteve ao longo dos últimos meses. Feliz ano novo a todos e bons filmes!!!