Para terminar o acompanhamento de mais um IndieLisboa, desta vez com cobertura alargada aqui no blogue, fica um post com o melhor, o pior e o péssimo da última edição do festival. Não podia deixar de agradecer à organização pela atribuição de uma acreditação ao blogue, o que me permitiu assistir a um maior número de sessões e assim fazer uma cobertura diária do IndieLisboa com posts sobre os filmes visionados ao longo do festival.
O Bom: Ao contrário do que aconteceu noutras edições do IndieLisboa, este ano não houve nenhum filme que tenha considerado excepcional. Mesmo assim encontrei alguns filmes que gostei bastante e foram poucas as desilusões. Do conjunto de filmes visionados durante os últimos dias destaco cinco (que serviram de base a um top publicado num post de balanço do IndieLisboa do CINEdrio, do Luís Mendonça, um dos bloggers que acompanhou de perto o festival e pediu a vários bloggers uma lista com as suas escolhas para fazer um top 5 da blogosfera cinéfila): «Museum Hours», de Jem Cohen, «The Act of Killing», de Joshua Oppenheimer, «Leviathan», de Lucien Castaing-Taylor e Véréna Paravel, «Gimme the Loot», de Adam Leon e «Starlet» de Sean Baker. E uma menção honrosa: a curta-metragem «O Facínora», de Paulo Abreu.
O Mau: Seguindo a mesma lógica, há que dar espaço ao que de pior vi pelo IndieLisboa este ano. Tirando algumas desilusões, como o regresso fraco da dupla Gustave de Kervern e Benoît Delépine («Le Grand Soir») ou o sobrevalorizado «A Batalha de Tabatô», de João Viana, o lote de filmes que vamos colocar na lista de 'filmes que mais valia termos trocado por outra sessão à mesma hora' é o seguinte: «The First Winter», de Ryan McKenna, «Animal Love», de Ulrich Seidl, «Doméstica», de Gabriel Mascaro, «Ape», de Joel Potrykus, e «Not In Tel Aviv», de Nony Geffen.
O Vilão: Quem está habituado a ir ao cinema habituou-se (infelizmente) a ter de aturar comportamentos que roçam a má educação. Também no IndieLisboa há público que não sabe estar numa sala de espectáculos. Apesar de em anos anteriores ter sido pior, este ano continuamos a encontrar pessoas que comentam os filmes entre si como se estivessem em casa a ver a novela, sem se preocuparem com o facto de que algumas das pessoas presentes na sala estão ali para ver um filme. Este ano ainda assisti a uma situação quase surreal de troca de cadeiras por parte de tantos espectadores numa das sessões que me questionei se não teriam organizado um jogo das cadeiras e me esqueceram de avisar. Faz lembrar os festivais de verão onde a maior parte do público está lá 'para o convívio' e nem sequer se importa em saber quem é o artista que está no palco, desrespeitando não só o próprio artista, mas sobretudo quem veio assistir ao espectáculo. Em suma: o público dá prémios, mas não merece prémio. Haja paciência.
Gostei do Vilão
ResponderEliminarJá merecia o destaque pelo esforço que tem feito em manter esta postura ao longo dos anos.
EliminarTivemos quase para ir ver o "doméstica" e encontro-o aqui nos maus, se calhar safei-me.
ResponderEliminarJá vi foi o the hunt e tens toda a razão, das melhores coisas do ano até agora
Fizeste bem. É um daqueles filmes cuja premissa até é interessante (dar câmaras de filmar a miúdos para filmarem um determinado tema, no caso as suas empregadas domésticas) mas o resultado falha redondamente.
EliminarO The Hunt é mesmo qualquer coisa. Até ver foi o melhor filme estreado em sala (sem contar com as reposições dos clássicos :D)
Abraço,
PMF