Frankenstein, de James Whale (1931)
Frankenweenie, de Tim Burton (2012)
Mais do que um bom filme de animação, a mais recente obra de Tim Burton a chegar às salas, «Frankenweenie», é também uma homenagem aos clássicos filmes de terror. A inspiração máxima do realizador de «Eduardo Mãos de Tesoura» foi a versão de «Frankenstein» assinada por James Whale em 1931, talvez a melhor adaptação do livro de Mary Shelley.
Uma das cenas principais de «Frankenweenie» tem lugar quando o jovem Victor dá vida ao seu cão, Sparky. Adaptada à história de uma criança, a sequência é um bocado mais leve do que a do filme de James Whale. O sótão de Victor pouco se assemelha ao laboratório Doutor Frankenstein, onde este dá vida ao monstro através de uma parafernália de instrumentos que ajudam a dar uma imagem mais sombria e de respeito ao cenário. No caso de Victor, a energia é captada com a ajuda dos mais variados electrodomésticos da mãe, dando um tom de certa forma mais divertido a toda a cena.
Outra das diferenças entre os dois filmes diz respeito à presença de outras personagens em cena. Se Victor realiza a sua experiência sozinho, já o Doutor Frankenstein conta com um ajudante corcunda e a presença de alguns habitantes da localidade onde vive para mostrar ao mundo o resultado da experiência. Apesar de ambas as cenas serem completamente diferentes, não deixam de ser igualmente fascinantes na forma como recriam o episódio central dos dois filmes: o regresso de uma criatura do mundo dos mortos.
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